(O resto do monólogo...)


Aqui estou, sossegado, escondido,
Longe da vista e dos mistérios
Do existir, de tudo, do mundo.
Aqui estou, sem me fazer notar muito

Nos meus gestos duplicados.
Supondo ter sido tudo dito,
De quando enquanto fecho os olhos
E é num sonho branco que admito

Coabitar sozinho com a eternidade.
Neste inexplicável casulo,
Quase um Confessionário de padre,
Num sossego nulo…

 (O resto do monólogo... não irias entende-lo
Nem te servirei eu de consolo ou conselho)
Afinal nada de novo acontece neste mundo velho,
Eu continuo oculto, morando frente ao espelho.

Joel matos (12/2011)